Migrantes, Refugiadas e Refugiados SC

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Através de ensaios, a obra traz à tona reflexões sobre as fronteiras que existem em nós mesmxs e no mundo, nos convidando ao mesmo tempo a nos deslocarmos mundo a fora e mundo adentro.

Com diferentes formatos e propostas, os cinco ensaios deste livro me trouxeram reflexões muito ricas sobre migrações, alteridade, fronteiras, literatura e geopolítica. As reflexões variam desde a máquina das fake news, à vida e alma repartida em duas ao migrar, ao efeito das políticas migratórias na saúde mental das pessoas, às fronteiras legais, físicas e mentais que nos aprisionam, e até ao abismo entre o migrante e o turista.

Nunca é demais lembrar: viajantes todos somos e, com ou sem passagem, passaremos – nas palavras de Cezar Tridapalli, que escreve a belíssima apresentação da obra.

Temas: Migrações; Fronteiras; Literatura; Alteridade; Travessias;

Por Isabella Nikel, graduanda em Relações Internacionais, pesquisadora e extensionista do Eirenè

Descrição da imagem: A capa do livro contém no canto superior direito os nomes de Patrícia Campos Mello, Juan Cárdenas, Bernardo Carvalho, Leonardo Padura e Igiaba Scego. O título “Fronteiras”, seguido por: “Territórios da literatura e da geopolítica” está escrito em preto na parte inferior da capa. O fundo é composto pelas cores: laranja, branco, azul e amarelo de cima para baixo. [Fim da Descrição]

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Se aproximando muito de uma autobiografia, a autora nos conta a história de Adah com intimidade e franqueza, nos tornando cúmplices dos desafios enfrentados por uma mulher negra imigrante em uma sociedade racista e patriarcal. O livro ilustra de forma muito incisiva as manifestações polidas do racismo cotidiano – seja no plano maior, como sua percepção de si mesma enquanto uma cidadã de segunda classe, ou então, no fato que Adah quase morre dando luz no hospital e ainda assim sua maior preocupação naquele momento era não estar tão arrumada quanto às demais pessoas.

O que mais marca no livro é o grande choque cultural e a quebra brusca de expectativas na experiência de imigrar do Sul-Global para o Norte-Global. A grande maioria de nós também deve ter crescido com sonhos e idealizações de como seria nossas vidas em outros países, e Adah nos permite vivenciar na pele junto com ela o peso dos problemas financeiros, do racismo, do preconceito e, sobretudo, da luta pela sobrevivência e pela dignidade.

Mesmo tratando de várias questões sérias, o livro ainda é leve e inspirador. Sempre buscando o lado bom das situações com que se depara, Adah nos conta uma história marcada pelo crescimento, pelo amor e pela esperança de dias melhores.

Temas: Gênero; Raça; Imigração; África; Cultura; Colonialismo;

Autora: Buchi Emecheta é uma autora nigeriana cujas obras questionam principalmente a educação da mulher, a valorização da maternidade como única preocupação possível, a violência degradante do colonialismo e a cultura que deslegitima sua autonomia.

Por Isabella Nikel, graduanda em Relações Internacionais, pesquisadora e extensionista do Eirenè

Descrição da imagem: A capa do livro contém fundo preto e destaca no canto superior direito os dizeres “Cidadã de Segunda Classe” e “Buchi Emecheta”, juntamente com a ilustração de uma mulher negra sem traços faciais, ela veste um vestido longo de cor alaranjada e segura uma mala roxa. O restante da imagem é coberto por ilustrações circulares, 5 maiores e 12 menores,  nas cores: branco, laranja, rosa e roxo. [Fim da Descrição]